...Sim, alguem me disse, num mail para comentar a musica nova dos Black Keys. Desafio aceite, e então, cá vai:
Ora bem, os Black Keys... hmmm... os Black Keys... americanos, pois que não detecto aqui nenhum sotaquezinho bom. Sim, americanos. Sabe se lá por alma de quem isto faz me lembrar um bocado os White Stripes, mas devo estar enganada. Deve ser por serem dois... Guitarra e bateria. Combinação explosiva. Guitarra e bateria... gosto a partida.
Agora a serio, sim, já tinha ouvido isto, quando ouvi o cd novo dos senhores há uns tempos. Gosto, acho lhes uma certa graça. Mas faz me lembrar alguma coisa que eu já ouvi, sem ser mais do mesmo... Sinto me até baralhada por ter aceite a provocação e me apetecer comentar isto. Ainda assim, e correndo o risco de dizer uma grande barbaridade, faz me lembrar o Jamie Lidell no seu cd novo (brilhante, by the way.)
Mas gosto, tem aquela sonoridade franca de que falava no outro dia quando tentava descrever o que me fazia lembrar o cd da ruivissima Karen Elson. Tem qualquer coisa que impede que isto seja uma cançãozinha de amor. Sendo que sim, isto é uma cançãozinha de amor.
Ah, lembrei me agora, Matt Helders, o baterista dos Arctic Monkeys costuma estar com uma tshirt deles, logo, devem ser bons. E por causa disto, dou lhe 8 em 10. Not bad is it? ;)
Ai que não era isto! Isto é da Diana Ross com as Supremes e o que eu queria não era falar nela. Rewind.
Vamos lá então, agora a sério. A Lauryn Hill vem a Lisboa no Sábado. (E quê? Toda a gente já sabe disto aos séculos pá!!!!!). Sim, correcto. Também acho que já se sabe que a senhora vem cantar uma coisa nova. Foi anunciado na imprensa da especialidade (hahahahahahaha sempre gostei deste termo, desculpem.) Sim, e eu hoje descobri a musica. E sim, vou deixa-la aqui daqui a bocadinho para se ouvir.
Não era "só" por causa disso que hoje me apetece falar da Lauryn Hill. Sim, é facto que gosto muito do traballho da senhora desde os Fugees. E aquela versão maravilhosa do Killing me Softly. Mas é facto ainda mais assumido que, apesar dela não lançar nada novo há mais de 10 anos as musicas dela tem acompanhado muitos dos momentos da minha vida. E isso não é coisa que se esqueça muito facilmente.
Desde não me conseguir esquecer que ouvia o The Miseducation of Lauryn Hill em repeat no primeiro ano de faculdade (junto com o PNYC dos Portishead é facto...) até achar que o Turn Your Lights Down Low com o Bob Marley ainda ficava melhor que o original quanto cantado com ela.
Há, no entanto duas musicas da senhora que não conseguem sair da minha história (E sim, eu sei o cd de cor, e o MTV Unplugged também... o que não deve querer dizer muita coisa porque sou normalmente "acusada" de saber muitas musicas de cor...) E antes da musica nova tenho que deixar aqui isto:
E isto:
Porque? Porque Lauryn Hill canta das letras mais perfeitas que eu já ouvi. E que encaixam tão bem nas minhas historias que se eu soubesse escrever, não sairiam tão bem de certeza. É quase uma coisa tipo: through the good time and the bad. Não necessariamente por esta ordem claro está.
Agora a musica nova:
I was born into this world Little bitty baby girl And when I look at why looking so glad In a racist world Now it's a difficult process The matter is of perception When I look in the mirror what do I see Is it my reflection?
Seein' repercussions (talkin bout the things we do) Ya need to know the repercussions (things can come right back to you) Look at them repercussions (what goes around comes around) Heyyy repercussions
See I was born into this In another space in time Time has moved on a death has grown closer Surely has blown my mind (blown my mind) Aint that a b**ch...the way the world spins around (spins around, spins around, spins around) Everything, everything, everything that I said and I did Surely came back around
See repercussions (talkin bout the things we do) Repercussions (things sure can come back to you) Yeah repercussions (what goes around comes around) Yeah repercussions (they will get you down)
Que é inglesa, claro. Que é/foi modelo, não uma modelo qualquer, mas sim uma das caras da Yves Saint Laurent, por exemplo. (Esta foto é de uma campanha da Louis Vuitton, só para que não hajam erros.)
Mais coisas?
Karen Elson é casada com Jack White. Sim, o próprio. Aquele senhor que só faz parte dos White Stripes, dos The Racounters e dos Dead Weather, sendo que agpora também anda a tocar Blues a solo. Desengane se quem pensar que ele a trocou por Alisson Mosshart. Aquilo dos Dead Weather é só uma belissima parceria musical. (Sou mega fã da Alisson. Que para além disso está no meu fundo de ecrã aqui do estaminé.Um dia havemos de falar sobre isso. A seu tempo.)
Para além disso Karen Elson herself faz parte de um belissimo projecto musical chamado The Citizens Band.
Mas de facto não era sobre isto que eu vinha aqui falar.
Que quem quiser saber quem é a Karen pode ir a Wikipédia que de certeza fica melhor informado. E isto ainda não é o allmusicguide.
Vamos lá de novo então. Karen Elson lançou um projecto a solo. Um cd muito bom chamado The Ghost Who Walks. E é sobre este cd que eu vou falar.
Sobre o cd então o que posso eu dizer?
Que é uma magnifica colectanea de historias de amor, desamor, romantismo falhado, e crimes passionais cometidos sobre a lua cheia? Podia dizer isto mas parecia quase um anuncio da amazon para comprarem cds. Pfffff.
Pois, aqui o que se passa é que sim, estamos perante um cd muito bom, com muitas guitarras, um bocadinho country, a lembrar CLARO o Jack e os seus trabalhos. Tem qualquer coisa de blues que eu gosto, mas é claramente um trabalho consistente e que nos agarra ao fim da primeira musica. E logo eu que ando meia dura de ouvido.
Sim, podemos falar aqui da colaboração de Jackson Smith nas guitarras, de Rachelle Garniez nos acordions e de Jack White na bateria, claro. Mas isso não é a razão pela qual eu fiquei fascinada com este cd. O que se passa aqui é que se sente uma franqueza naquilo que é escrito e tocado que me agarrou. Uma franqueza onde ninguem pretende ser a Susan Boyle e fazer de conta que se canta como um rouxinol para o juri dos idolos (não que ela não cante bem, entenda-se, sim ela canta bem!!!!!) e um instrumental poderoso onde tudo é o que é, e nada é pretencioso.
O meu destaque vai, claramente para a musica Pretty Babies, não só pelo magnifico video que o Jack ajudou a fazer, para Mouths to Feed e para a excelente The Truth is The Dirt.
Ups, não se deve começar assim, suponho... Mas sim, tenho muito calor. E isto do calor pode causar alguns atrofios em algumas cabeças. Depois de considerações inuteis sobre o tempo, e dado que eu é que conto sempre os segredos todos aqui no estaminé, ouvi dizer que os U2 estão a trabalhar com David Hollister, um senhor do R&B e coiso. Segundo li é para fazerem uma "lavagem" a duas musicas... Vamos ver se é verdade, mas eu espero entretanto que o NR descubra se é bluff, que os U2 não são nada do meu departamento. Aguardo noticias então.
Depois, mais coisas novas... Ah!!!! Coisas da La Roux. A La Roux foi dona de um dos concertos que eu mais gostei para já neste verão. Pois que depois de cancelar duas datas em Lisboa (ui, aqui devia dizer que se fosse no Porto ela tinha ido? Mas não digo.) Lá se conseguiu um concerto da La Roux, um maravilhoso e magico concerto da La Roux. Numa tenda, no Alive (enquanto o palco principal estava semi vazio...), numa tenda senhores!!!!! CHEIIIIIIIIINHA de gente. (Não vou mandar vir hoje sobre isto. Mas um dia destes vou dizer tudo o que me apetecer sobre a estupidez da escolha de tendas para palcos secundarios, e sobre as considerações a ter para se por uma banda nos palcos secundarios.) Back on track. A La Roux: ADORO. Dancei tudo, cantei tudo o que me apeteceu, irritei uns vizinhos da frente que perguntavam se eu sabia as letras todas, mas foi um concerto excelente. Como se estava a espera. Agora novidades... A La Roux tem uma participação (muito boa acrescento), no single novo dos Skream. E au estou viciada nisto. E não é do calor. Skream feat. La Roux - Finally
E agora, para acabar, a grande descoberta do dia: Karen Elson. Fica o aviso: a gaja é parecida comigo. Onde exactamente, ainda não sei. Mas que é, é. Amanhã há mais. Sobre isto.
Eu avisei que não ia desistir, não avisei?????? So, recostem se nas cadeiras, relax, podem até ir buscar qq coisinha para beber... e carreguem no play.
Aqui podem ouvir Bang Bang Bang.
E neste a versão obrigatória no Live Lounge, que no caso foi Try Sleeping With a Broken Heart da Alicia Keys. "tonight, I'm gonna find a way to make it, without you..."
Que não se pense que eu desisti das actuações do Ronson no live lounge. Sou demasiado teimosa. Entretanto, e a proposito, já se sabem as nomeações para os Mercury Prize deste ano. É obvio que eu gosto destas celebrações inglesas. Até porque mais não seja, tenho sempre alguma coisa a dizer...
Barclaycard Mercury Prize 2010 Biffy Clyro - Only Revolutions ---> estes amigos estiveram no Alive, eu não vi, estava na tenda. Mas diz me quem perceber alguma coisa destas coisas britanicas que são dos preferidos para ganhar... Corinne Bailey Rae - The Sea Dizzee Rascal - Tongue N' Cheek Kit Downes Trio - Golden ---> tenho pena da improbabilidade deste fabuloso album de jazz não ganhar, mas... Foals - Total Life Forever ---> ora bem... como vamos por isto de forma imparcial? Não vamos. Para mim era isto. I Am Kloot - Sky At Night ---> excelente cd com videos a condizer no youtube. Se é o melhor do ano? Para mim não é. Laura Marling - I Speak Because I Can ---> mais um caso em que me esforcei por ouvir, e pensei: pá, toda a gente gosta disto... MAS: totally not my kind. é que nem nos dias de depressão. Mumford And Sons - Sigh No More ----> Sim, tá bem. blá,blá,blá... Mas não. E nem explico: pode ser? Paul Weller - Wake Up The Nation -----> Um dos melhores albuns em que eu pus as orelhas este ano. O senhor Weller é claramente um dos meus preferidos. Villagers - Becoming A Jackal --->também concordo com a escolha destes amigos para album do ano. Porque sim. Wild Beasts - Two Dancers ---> estes amigos eu não ouvi, confesso. O que ouvi é muito, mas muito bom e faz me cantar. Agora o resto do cd não sei, portanto não tenho opinião. The xx - xx ---> nem comento. Toda a gente ja ouviu, toda a gente conhece e coiso. Agora, digo eu: ou ganham os Foals ou eu acho que foi comprado. ("temos" especial pena dos XX e dos mumford & sons. ou não.)
E como tal, regressarei oportunamente, tipo amanhã, para fazer algumas considerações (im)pertinentes sobre os festivais a que fomos, os que ainda vamos, e coisas que andei a ouvir de interesse de maior. Ou de menor, conforme os casos.
Entretanto fico me a entreter com o pensamento: "Onde é que este gajo estava com a cabeça para fazer um penteado destes pá???? mas pior, porque é que mesmo assim eu fico a sorrir todos os dias na mesma?" ;)
Não estou em silencio por não ter nada a declarar. Estou em silencio porque o Mark Ronson foi ontem ao Live Lounge da BBC e eu estou a espera de imagens disso. (E, se bem me conheço, só descanso depois de conseguir.) Portanto, depois de conseguir visualizar muito atentamente o que se passou ontem no programa de Jo Whiley (neste caso o som só não chega, temos pena.) terei várias coisas a declarar das férias altamente musicais que tive. Stop. Vou procurar o Mark e já ca venho.
1. Perfume garden 2. Pleasure and pain 3. Monkeyland 4. Mad Jack 5. Less than human 6. Soul in isolation 7. Nostalgia 8. Seriocity 9. In answer 10. Singing rule Brittania 11. Second skin
Sim, é facto, 15 dias sem posts meus. Em resposta a um comentario ali em baixo, aviso que quem tomará conta do estaminé será o senhor NR, que vos brindará com coisas fabulosas, como de costume aliás. Eu? De férias, praia, sol e musica. Fica algo da banda sonora que vai comigo: